Muitas pessoas começam um processo de emagrecimento acreditando que tudo depende apenas da alimentação e do treino, mas ignoram o impacto da mente nesse processo. A forma como enxergamos a comida, o corpo e até mesmo a pressão estética pode nos levar a padrões prejudiciais, tornando o emagrecimento mais difícil.
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No Bora Treinar Podcast, tive uma conversa com a psicóloga Teresa Müller, especialista em transtornos alimentares, para entender melhor como a mente pode influenciar o emagrecimento. Neste post, vamos explorar os principais pontos dessa conversa e trazer informações fundamentais para quem quer perder peso de forma saudável e sustentável.
O que são transtornos alimentares?
Os transtornos alimentares são distúrbios psicológicos que afetam a relação da pessoa com a comida e o próprio corpo. Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-11) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), os principais transtornos alimentares incluem:
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✔ Anorexia Nervosa – Quando a pessoa tem um medo intenso de ganhar peso e restringe a alimentação de maneira extrema, podendo chegar a um estado de desnutrição severa.
✔ Bulimia Nervosa – Caracterizada por episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios, como vômitos induzidos, uso de laxantes ou exercícios excessivos.
✔ Compulsão Alimentar Periódica – A pessoa consome grandes quantidades de comida rapidamente e sente uma perda de controle sobre a ingestão, sem necessariamente adotar medidas compensatórias.
Esses transtornos trazem grande sofrimento emocional e podem prejudicar gravemente a saúde. Mas como podemos identificar os sinais de alerta antes que a situação se agrave?
Como saber se você ou alguém próximo tem um transtorno alimentar?
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O primeiro sinal de alerta é a preocupação excessiva com a comida e o peso. Isso pode se manifestar de várias formas, como:
🔹 Pensar o tempo todo em calorias e macros antes de comer qualquer coisa.
🔹 Fazer exercícios como forma de punição por ter comido algo "proibido".
🔹 Evitar eventos sociais por medo de sair da dieta.
🔹 Sentir culpa extrema após se alimentar.
🔹 Comer grandes quantidades de comida rapidamente, sem sentir fome real.
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Para os familiares, alguns sinais podem indicar que um filho ou cônjuge está desenvolvendo um transtorno alimentar, como o isolamento na hora das refeições, esconder comida no quarto, recusar certos alimentos de forma exagerada ou começar a falar muito sobre dietas e mudanças corporais.
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Se esses sinais aparecerem, é importante buscar ajuda profissional antes que o transtorno se agrave.
A influência das redes sociais na nossa relação com a comida e o corpo
Vivemos em uma era onde as redes sociais exercem um impacto enorme na nossa autoimagem. Comparações constantes com influenciadores fitness, corpos padronizados e estilos de vida aparentemente "perfeitos" podem gerar insegurança e uma busca obsessiva pela mudança.
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A psicóloga Teresa Müller explica que muitos adolescentes e jovens adultos começam a seguir rotinas alimentares e de exercícios extremamente restritivas inspirados por pessoas que, muitas vezes, vivem realidades muito diferentes.
Mas a questão é: o que vemos na internet representa 100% da realidade?
🚨 Muitas imagens são editadas, corpos são retocados e dietas extremas são mascaradas como "disciplina". O problema não está apenas em seguir hábitos saudáveis, mas na obsessão e na distorção da autoimagem que podem surgir dessa comparação constante.
A solução? Filtrar bem os conteúdos que consumimos. Em vez de seguir perfis que geram ansiedade e insegurança, busque acompanhar profissionais sérios e perfis que incentivam um estilo de vida equilibrado e sustentável.
Disciplina ou transtorno alimentar? Quando o limite é ultrapassado
Muitas pessoas se perguntam: "Quando a disciplina vira um transtorno?"
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Essa é uma linha tênue e pode ser difícil de identificar. O exercício físico e a alimentação saudável são extremamente benéficos, mas quando se tornam uma obsessão, podem trazer prejuízos para a saúde física e mental.
🛑 Sinais de alerta de que a disciplina passou do limite:
✔ Se exercitar de maneira excessiva e sentir culpa extrema quando não treina.
✔ Cortar grupos alimentares inteiros sem orientação profissional.
✔ Viver para a dieta e o treino, deixando de lado momentos de lazer e convívio social.
✔ Ter um humor instável e sintomas de ansiedade ou depressão ligados ao corpo e alimentação.
O grande problema é que muitas dessas práticas são vistas socialmente como "força de vontade" ou "dedicação", quando na realidade podem ser sintomas de um transtorno alimentar.
Autoaceitação vs. Conformismo: Como encontrar equilíbrio
Outro ponto muito discutido no podcast foi a diferença entre autoaceitação e conformismo.
Muitas pessoas acreditam que se aceitar significa abrir mão de qualquer mudança, mas isso não é verdade. Você pode aceitar seu corpo e, ao mesmo tempo, buscar evoluir. O problema está quando a busca por mudança vem de um lugar de ódio e não de autocuidado.
🔑 Aceitação: "Eu reconheço onde estou e quero melhorar minha saúde e meu bem-estar."
🚨 Conformismo: "Eu nunca vou mudar, então nem adianta tentar."
Quando a pessoa se aceita, ela se cuida por amor, não por ódio ao próprio corpo. Essa diferença muda tudo no processo de emagrecimento e saúde.
Como melhorar sua relação com a comida HOJE?
Se você sente que sua relação com a comida e o corpo está prejudicada, algumas pequenas ações podem fazer a diferença:
🧘 1. Observe seus pensamentos: Como você se trata quando come algo fora da dieta? Você se pune mentalmente? Esse padrão precisa mudar.
📱 2. Filtre o que você consome nas redes sociais: Pare de seguir perfis que te fazem sentir mal com seu corpo.
🥗 3. Encontre prazer na comida sem culpa: Nenhum alimento deve ser visto como um "inimigo".
💪 4. Foque em mudanças progressivas: Pequenos ajustes são mais sustentáveis do que mudanças extremas.
👥 5. Busque apoio profissional: Psicólogos, nutricionistas e educadores físicos podem te ajudar a criar um caminho equilibrado.
O emagrecimento não precisa ser um processo de sofrimento. Quando sua mente e corpo trabalham juntos, os resultados vêm de forma natural e duradoura.
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